Em entrevista aos jornalistas Ítalo Wolff e Ton Paulo, do Jornal Opção, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), Francisco Jr., falou sobre a expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), projeto lançado em 2012 que não havia sido implantado em razão da insuficiência de energia. “A Equatorial energizou a região no final do ano passado, o que finalmente viabilizou o início das operações”, explicou o presidente.

O Daia, relatou Francisco Jr., é fruto de uma política pública de industrialização iniciada ainda na época da Goiás Industrial e foi fundamental para o desenvolvimento do estado de Goiás. “E segue com foco em atrair investimentos, gerar empregos e promover o desenvolvimento regional”, afirmou.

Atualmente, a Codego faz a gestão de 26 distritos industriais em funcionamento, e o Daia continua sendo o maior e mais importante deles. Já o Daiaplam, explicou, não é um novo distrito, mas sim uma expansão moderna, que reforça a posição estratégica do Daia no cenário nacional.

Além do fornecimento de energia, a Codego também resolveu a questão do abastecimento de água. Segundo Francisco Jr., foram realizados diversos investimentos. “Temos captação própria, poços de reserva perfurados e outorgados. Neste momento, há um investimento de mais de R$ 20 milhões em andamento — R$ 17 milhões são destinados à duplicação da capacidade de reservação de água.”

A Estação de Tratamento de Água (ETA) do Daia tem capacidade para 10 milhões de litros, e a Codego está adquirindo um reservatório metálico com capacidade para 12 milhões. “Quando ele for entregue — o que deve ocorrer até o fim do ano — reformaremos o anterior. Assim, até o fim do ano que vem, teremos capacidade total de armazenamento de 22 milhões, o que é muito significativo.”

Sobre a estimativa de número de indústrias que devem se instalar na expansão, o presidente informou que isso depende do perfil da empresa. “No Daia, por exemplo, temos empresas que ocupam áreas de 10 mil metros quadrados e outras que utilizam até 500 mil metros quadrados. Isso varia conforme a necessidade de cada empreendimento.”

De acordo com o edital de licitação, a empresa interessada pode adquirir apenas um módulo ou vários, conforme sua demanda. Ele explicou que o modelo de concessão de terras adotado no Daiaplam segue três diretrizes fundamentais: transparência, equidade e segurança jurídica. “Há total transparência em relação aos preços praticados, à origem desses valores, às formas de pagamento e às obrigações tanto das empresas quanto do Estado”, afirma.

Todas essas informações estão no edital público, disponível no site da Codego, acessível a qualquer empresa interessada — inclusive do exterior — que queira investir em Goiás. Um primeiro edital foi disponibilizado no ano passado e, após ouvir o setor produtivo, os critérios foram revisados. O segundo edital, na avaliação do presidente, está muito mais dinâmico.